Res Pública
Da tradução literal do latim podemos retirar a fotografia atual do Estado brasileiro – uma “coisa publica”, coisa porque não conseguimos determinar exatamente de que é formada – se de marxistas adormecidos durante décadas de fracasso desta “qualquer coisa” que pregavam como a salvação do mundo”, se de seres iluminados que percebem crescimento, progresso moralização e ascensão onde simples mortais vislumbram apenas demagogia, praticas criminosas, descrédito internacional e assistencialismo eleitoreiro, enfim...Coisa porque a esmagadora maioria de sua população desconhece de onde vem, sequer imagina a procedência das idéias apresentadas como novas e talvez não saiba diferenciar um livro de história brasileira de um relato da guerra civil norte americana. Por outro lado os governantes desta “coisa” há muito deixaram de projetar seu destino em prazos que excedam um quatriênio (a não ser em seus devaneios em busca do reich tupiniquim apontados pelo professor Adami).
Se a definição de “coisa” lhe cai bem, me perguntarão: como pública se a tratam como particular sempre que se faz possível obter os prazeres e vantagens, dividendos do poder? Respondo: pois pública é a conceituação adequada para tudo com o que não se quer comprometer-se. Referendos, plebiscitos, orçamentos a serem discutidos com o povo tornam-se ótimos escudos para quem nada quer fazer; para quem não têm a coragem ou a competência suficiente para efetivar medidas importantes para a condução de um Estado; para quem não sabe para que fim foi eleito.
Ironias e revoltas a parte, é importante que passemos a perceber a diferença entre consultar os cidadãos de uma nação e direcionar a gestão de seu governo de acordo com a vontade desta, da demagógica prática de entreter o povo com discussões de relevância contestável e para as quais existem poderes constituídos. Não cabe na atualidade- no mundo ágil em que coexistimos, pautar a produção legislativa e o desempenho do judiciário pela morosidade normatizada em décadas passadas. Também não cabe empurrar com a barriga emitindo medida provisória no cair da noite. O Brasil precisa de planejamento sério, precisa de pessoas que pensem em alternativas concretas para o seu futuro. Quanto a nós, é preciso que pensemos - se não em alternativas concretas que pensemos mesmo assim.
Ironias e revoltas a parte, é importante que passemos a perceber a diferença entre consultar os cidadãos de uma nação e direcionar a gestão de seu governo de acordo com a vontade desta, da demagógica prática de entreter o povo com discussões de relevância contestável e para as quais existem poderes constituídos. Não cabe na atualidade- no mundo ágil em que coexistimos, pautar a produção legislativa e o desempenho do judiciário pela morosidade normatizada em décadas passadas. Também não cabe empurrar com a barriga emitindo medida provisória no cair da noite. O Brasil precisa de planejamento sério, precisa de pessoas que pensem em alternativas concretas para o seu futuro. Quanto a nós, é preciso que pensemos - se não em alternativas concretas que pensemos mesmo assim.
Congratulações por este refinado espaço de bom debate, a cara do professor Marlon.
Tobias Valmor Schorn
Colaborador deste blog
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