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quinta-feira, 29 de março de 2007

Que país é esse

QUE GOVERNO É ESSE!

Fazendo alusão ao titulo de uma musica do grupo Legião Urbana gravada em 1982, mas com uma letra extremamente atual, passo a traçar um perfil das pessoas que comandam este território continental chamado Brasil.
Vou me deter apenas às mentes pensantes deste partido “popular”, com fortes tendências populistas e utilizando o paternalismo da direita de 64, tão criticado e escrachado por estes mesmos membros que atualmente se dizem ser os governantes ideais e com um projeto infalível para este país continental, mas que sofre do mal do processo colonizador português.
Explico: A formação do povo brasileiro durante 300 anos foi não povoar e sim explorar estas terras para enriquecimento da metrópole (Lisboa), mas acabaram decidindo depois de muito explorar esta terra, povoar. Recebemos imigrantes de toda a parte do mundo fugindo dos mais intrépidos problemas em seus países, e acabamos por formar uma colcha de retalhos cultural e ideológica trazida de diversas partes do mundo, razão pela qual nossa identidade nacional e nosso patriotismo não são cultivados como em outros países do mundo. É mais importante resgatar a cultura do imigrante do que a cultura histórica da nossa formação, como nação brasileira.

Eduardo Suplicy, descendente de um imigrante italiano, banqueiro e industrial, que por muitos anos foi proprietário de um dos maiores conglomerados industriais do país, foi um dos fundadores do PT, e sempre foi da ala intelectual, afinal é professor universitário. O PT, apesar de ser um partido do proletariado, precisava de pessoas cultas para formar uma base intelectual capaz de enfrentar os partidos chamados da elite brasileira.

Aloísio Mercadante, jovem político brilhante, ingressou no PT para compor uma ala jovem dos políticos do partido, também muito culto, foi integrante importante na consolidação da base do partido aglutinando os jovens com a promessa de que alcançariam o poder com muita luta e trabalho, provando que o povo os levaria a Brasília pela sua competência.

José Genuíno, militante da esquerda radical em 68, estava mais para um lampião comunista que para jovem político querendo reivindicar liberdade para a sociedade. Foi preso em Goiás, participando de uma guerrilha apoiada por Che Guevara e o governo de Fidel. Sua linha ideológica é stalinista, com lampejos a atitudes totalitárias utilizadas pelo partido nazista.

José Dirceu, universitário burguês, engajou-se aos movimentos socialistas efervescentes na década de 60, lutando no braço armado da esquerda brasileira. Foi exilado e retornou ao Brasil com o intuito de colocar em prática sua luta socialista, mas não pela via revolucionária, mas através das brechas que o frágil sistema democrático brasileiro oferece. Conquistou espaço e passou a ser o mentor das ações políticas praticas e dos projetos partidários, para quando alcançassem seu objetivo. O ideário socialista martelou a população com seus projetos participativos que deixavam o povo empolgado com a nova fórmula de governabilidade que o PT apresentava, atingindo setores da sociedade mais carentes, oferecendo participação nas decisões da educação, saúde, habitação, infra - estrutura... ou seja, o famigerado orçamento participativo.

E chegamos ao personagem principal deste que era para ser o partido popular, honesto, transparente, onde obsessão pelo poder e corrupção não tinham espaço nas suas fileiras. Como disse o próprio em propaganda eleitoral, “a turma do PT só pensa nisso”, fazendo alusão ao trabalho social e o combate à corrupção, que prometiam executar para a sociedade brasileira.

Luis Inácio “Lula” da Silva, retirante do nordeste de família muito humilde de trabalhadores rurais do interior de Pernambuco, chegou à cidade grande com o sonho de vencer na vida. Estudou muito pouco, fez um curso no SENAI, e ingressou para o chão de fábrica da indústria paulista. Por motivos mal explicados até hoje, inclusive por ele mesmo, não se sabe o real motivo da sua breve mutilação do membro superior. Apesar de já termos constatado que nosso ilustre personagem é chegado na pinga, será que naquela época ele já fazia bom uso da danada antes do trabalho?
Foi segurado do extinto INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), porém devido ao baixo valor pago mensalmente pelo instituto, burlou a obrigatoriedade do não trabalho enquanto beneficiário do INPS, atuando em outra atividade, afinal, era só uma falange de um dedinho... não fazia tanta falta assim.
Em pleno regime ditatorial, onde presidentes de sindicatos, governadores, prefeitos de capitais, dirigentes de estatais eram todos nomeados pelos generais da ditadura, ou seja, teriam de ser membros da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), o aposentado por invalidez, de pseudônimo LULA, se torna presidente de um dos maiores sindicatos do Brasil, liderando trabalhadores das principais metalúrgicas do ABC Paulista.
Com a abertura política, promovida pelo general Figueiredo, foi eleito para o segundo mandato através do voto dos trabalhadores, mas a atuação política de seu irmão religioso, mostrou que o nosso presidente sindical era muito solidário com as causas da maioria. Seu irmão estava mobilizando um movimento em prol da reforma agrária, foi preso pelos agentes do DOPS, o que fez seu irmão sindicalista se mobilizar contra os militares mobilizando os trabalhadores para a famosa greve dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
Nosso personagem sindicalista se refugiou na sacristia da igreja matriz da cidade, sede do sindicato, sendo protegido dos agentes do DOPS pelo vigário que não permitia a entrada dos policiais. Enquanto isso, o exército sitiava a cidade, confrontando-se com trabalhadores pelas ruas do centro da cidade, onde muitos ficaram feridos ou intoxicados pelo gás lacrimogêneo. A indústria, o comercio, os bancos, as escolas ficaram fechadas enquanto o impasse da greve e o retiro de LULA na sacristia não acabavam.
Neste momento é lançada a semente do então partido dos trabalhadores, que encontra na figura desse chão de fabrica aposentado, no seu carisma e senso de liderança, a figura esperançosa para a luta contra a ditadura que agoniza por si só.
Ele se integra a políticos do PMDB no movimento das Diretas Já como a mais nova revelação política nacional e em 21 de Outubro de 1980 lança o Manifesto do Partido dos Trabalhadores.
Não acredito que todo o ideário do manifesto tenha saído do nosso sindicalista, pois os comunistas que retornavam do exílio e os que já se preparavam para voltar à ativa em solo nacional cercaram nosso personagem, dizendo que ele tinha o perfil de um comunista como Fidel Castro. Realmente tem, praticou a mesma atitude de Fidel durante a Revolução Cubana: Fidel para realmente tomar o poder de Cuba aceitou o apoio dos partidos socialistas, mas em contrapartida deveria denominar a revolução e sua figura de líder como socialistas.
E nosso sindicalista entra na carreira política cercado de intelectuais advindos de partidos comunistas tradicionais da historia brasileira (PCB, PCdoB, PSB), sempre convicto de se vingar dos militares pela prisão de seu irmão também agitador das massas do campo.
Aceitou todos os ideários sugeridos, pois duvido muito que tenha lido Marx, Engels ou Rousseau como afirmou em diversas entrevistas, dizendo-se ser profundo conhecedor dessas teses políticas do século XIX. E o PT trilhou caminhos contaminando a população brasileira com seus projetos, discursos, promessas, tendo na figura de seu líder a imagem do brasileiro que deveria ter o direito de chegar à presidência pela sua origem e trajetória de vida, mais uma vez plagiando a trajetória do polonês Walesa, que saiu das minas da Polônia, para fundar um sindicato, o Solidariedade, e alcançar a presidência da Polônia. Bem, a diferença é que Walesa atingiu o objetivo mais rápido que LULA, mas despencou rapidamente, pois apesar de ter lutado contra o regime socialista polonês, não carregava o ideário marxista. Já o nosso sindicalista nem sabia o que era ideologia, empolgou-se tanto com a idéia de ser eterna oposição que quando chegou ao poder delegou tantos poderes aos seus fieis escudeiros que acabaram por se perder pelo caminho com mensalões, Valériodutos, Clube da Cidadania, e até a compra do Partido Liberal para apoiar sua candidatura, tamanho era o medo que tinha de ser derrotado pela quarta vez consecutiva.
Hoje podemos constatar que o chão de fabrica, que se repugnava com a burguesia, virou um nobre de uma corte, com primeiro ministro, assessores, secretários, que respaldam sua ignorância intelectual de governar para simplesmente servir de reizinho que representa esta imensa nação perante o mundo, mas não governa absolutamente nada, e ainda nos faz passar vergonha com tantas gafes, atitudes sociais errôneas e discursos de improviso que mais parece um aprendiz de líder de canavial no interior do nordeste.
Esses são os nossos governantes que atrás de propostas populares escondem a ganância pelo poder e uma ditadura partidária que nos faz lembrar o NAZI alemão, mas isto já é assunto para outro momento. Pena que não tenhamos guilhotinas, pois seria interessante reviver a queda da Bastilha em Brasília.

Marlon Adami
Professor de Historia

terça-feira, 27 de março de 2007

Politica e Educação

POLITICA E EDUCAÇÃO

O cenário político brasileiro vem mostrando o quão difícil é educar os políticos para que possam praticar uma política séria que se aproxime das teorias políticas históricas dos grandes filósofos políticos do século XVI ao século XIX.
Levando em consideração que todo o político, um dia, foi estudante, a culpa é dos professores, mas também temos que considerar os sistemas políticos vigentes ao longo do tempo. O cenário político mundial sempre teve a preocupação em dominar territórios, conseqüentemente populações que favorecessem seus regimes e que as vantagens econômicas e políticas fossem gradativamente cada vez maiores.
A política é uma arte que envolve raciocínio, argumentação, oratória, mas como podemos analisar a política atual onde o conhecimento é coadjuvante dentro do contexto de formulação de uma teoria, um projeto ou uma ação? Há séculos a política está a serviço da sociedade para com ela projetar melhores condições de trabalho e bem estar para toda a sociedade, teoricamente é coerente, mas a prática é bem diferente e muito entristecedora. Mostra políticos mal preparados, não para a política, mas para a vida, sem o conhecimento mínimo, para assim poder executar a arte política, através da argumentação, oratória e principalmente pelo raciocínio.
A educação que tanto se fala é a transmissão e a interpretação do conhecimento que cada cidadão irá receber e fazer uso conforme sua posição na sociedade, mas a filosofia, ciência sábia do pensamento humano, vai mais além, afirmando que a educação são etapas de conhecimento que o homem adquire com o tempo. O que observamos, no entanto, é uma educação que não vem contemplando com a sua funcionabilidade de preparar o cidadão através das ciências humanas e exatas para um futuro próspero e para ser um formador de opinião. A falha não parte dos professores, mas dos estudantes que vêem a educação como um instrumento resumido em um certificado que abrirá portas para um futuro promissor. Mas isso não é tudo, se não houver entendimento e compreensão deste conhecimento. A educação está a mercê destes políticos que foram ou nem chegaram a serem bons estudantes. Eles a utilizam como ferramenta para buscar recursos financeiros, na maioria das vezes mal aplicados, e para promover o espetáculo político do populismo, assistencialismo ou simplesmente ocupando o espaço do secretário de obras públicas. Assim o perfil dos nossos políticos é de verdadeiros obreiros e não de administradores e legisladores dignos da confiança de quem transferiu seus anseios de governo para um candidato. Eles não pensam e executam projetos para a sociedade. Eles “trabalham” para um bairro, para uma comunidade que se contenta com resultados imediatistas de pequenas obras que na verdade não fazem parte do contexto político e sim é uma obrigação de gestão do poder público. Assim esses “políticos” engrossam o time dos que NÃO legislam, NÃO administram, nem fazem idéia do que é uma gestão publica. Eles estão tão somente e permanentemente preparando terreno eleitoral porque foi à única coisa que a educação pôde proporcionar para quem não estava disposto a aprender e sim apenas abrir portas para o seu futuro.

Marlon Adami
Historiador

Paciencia tem limite - autor: Heitor Walter "The Headbanger"

Paciência tem limite.

Ultimamente ando irritado com figuras políticas brasileiras. Proferem do mais alto púlpito o termo, agora na moda, republicano. Em recente texto redigido por um destes “doutores”, auxiliado por alguns puxa-sacos, o termo republicano é utilizado duas vezes, e em uma delas aparece da seguinte forma: “[...] socialismo democrático e republicano [...]”. Aos leigos, pode parecer a salvação da sociedade e do Estado brasileiro. Para mim, é um amontoado de palavras sem nexo, sem lógica.

Socialismo é uma ideologia, remete à um contestação da ordem liberal burguesa, um processo de ditadura do proletariado, com a finalidade de sacramentar o utópico comunismo. Historicamente, o socialismo remete aos regimes comunistas (aqueles a quem os capitalistas ou liberalistas, como queiram, chamavam de comedores de criancinhas).

Democracia, na sua definição clássica, é o regime de governo do povo, pelo povo e para o povo; opositora do totalitarismo e da ditadura.

República é uma forma de governo que tem origem na Roma clássica, onde um presidente é escolhido pelo povo para ser o chefe de Estado, cargo esse possuidor de caráter transitório. Mas pela sua origem, tem como base as virtudes do homem. A virtude republicana é, pois, para Montesquieu, que se inspira na tradição romana, uma virtude política, um sentimento que passa pelo respeito às leis e pela devoção do indivíduo à coletividade.

Agora, alguém consegue imaginar um socialismo democrático e republicano? Uma ideologia que historicamente gerou regimes totalitários somada à um regime contrário ao totalitarismo e à uma forma de governo baseada nas virtudes. É a salvação, obviamente.

***
Ainda em tempo, outra moda agora, adotada pelos puxa-sacos do “doutor” são as peças de vestuário com a inscrição CCCP (para os leigos no alfabeto cirílico URSS).

Vou lançar moda também, peças de vestuário com a inscrição NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei ou, se preferirem, NAZI).

Porque não, os alemães apenas copiaram os métodos utilizados no regime comunista soviético, porém com um foco mais definido que o dos soviéticos, mas mesmo assim merecem algum crédito pela modernização do processo, não acham?

Vou ser julgado como terrorista, como racista? E qual o problema?

Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial. Um total aproximado de 20 milhões em toda a Europa.

Sob a égide dos vários regimes comunistas ao longo da história, estima-se que mais de 100 milhões de pessoas foram mortas. Só no Gulag soviético foram 61,911 milhões.

Mas e daí? CCCP é mais bonito.