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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O INFERNO VERMELHO

O recente congresso do PT, ocorrido em São Paulo, aprovou documento que reafirma o caráter socialista do partido e da luta partidária. Mais ainda: convoca os seus integrantes para a próxima reunião do Foro de São Paulo - do qual é o principal mentor, juntamente com o PC de Fidel Castro -, a ocorrer na cidade de Montevidéu, em 2008. Nela, serão debatidas as propostas para o avanço socialista no continente, prevendo-se transformações radicais nas áreas de saúde, educação, economia, comunicação e as reformas agrária e urbana. (Para quem não sabe, o Foro de São Paulo é uma entidade “socialista”, criada depois da derrocada da URSS, que visa a transformar a América Latina numa vasta e miserável Cuba).
Para se avaliar, no terreno da Educação, o que será ensinado nos colégios e universidades do Brasil (e nos países da América Latina dominados pelos socialistas), basta lançar um olhar sobre “A Nova História Crítica” (Mario Schmidt, Ed. Nova Geração), livro didático comunistizante que o Ministério da Educação do petista Fernando Haddad vem distribuindo aos milhares para o ensino público e privado no País. Nele, objetivando formar nova e massiva geração de esquerdistas fanatizados, genocidas como Mao Tse-tung e assassinos como Guevara e Fidel Castro são vistos como exemplos admiráveis. Já a Princesa Isabel, que proclamou o fim da escravidão, é tida, na coleção, como uma mulher “feia como a peste e estúpida como leguminosa”.
No capítulo das reformas agrária e urbana, cujo mentor principal é o terrorista João Pedro Stedile (fanático cultor da memória de Lampião nas escolas do MST), as “transformações revolucionárias” preconizadas pelo Foro de São Paulo ganharão prazo de urgência para sua efetivação, quem sabe dentro dos próximos cinco anos, ou menos. Nele, segundo se debate, são previstas mais ocupações de terras produtivas pelos integrantes do MST, a serem transformados, pela força, em “fazendeiros do Estado”.
Nos espaços urbanos, por sua vez, como prometia Jango e o fez Castro, que transformou Havana num imenso pardieiro, serão desapropriadas - certamente com pagamento em bônus resgatáveis no dia de São Nunca, se tanto - moradias e apartamentos pertencentes à “burguesia”, incluindo-se as habitações em condomínios e casas de veraneio.
Exagero? Pois basta dar uma olhada nas “Leyes Socialistas para Venezuela”, que fundamentam a reforma constitucional inspirada nas recomendações do Foro de São Paulo, a ser aprovada pela Assembléia Nacional Venezuelana, inteiramente dominada pelo coronel Chávez. Delas, destaco algumas preciosidades sobre as questões da propriedade rural e urbana:
1º) – “Será nacionalizada toda classe de propriedade privada”;
2º) – “Será autorizado à família sem moradia que ocupe as “segundas moradias” dos proprietários (burgueses), começando pelos apartamentos e casas de praia, incluindo aí as situadas nos clubes (condomínios) e nas zonas urbanas”;
3º) – “Será obrigado aos proprietários das moradias principais conviver com famílias adicionais de até 3 membros, reservando-se à família proprietária de até 3 membros um só quarto, sendo de uso comum todos os serviços da habitação”;
4º) – “As propriedades rurais ou fazendas serão exclusivas do Estado, que se arroga o direito de repassá-las aos camponeses, que, por sua vez, não poderão vendê-las ou hipotecá-las”.
A fúria comunistizante não fica por aí. Segundo a projetada Constituição Bolivariana, documento a ser aprovado que regerá o “Socialismo do Século XXI”, o círculo fechado da ditadura vermelha ficará ainda mais estreito. No terreno das comunicações, “o uso do cabo e de outros tipos de comunicação por satélite serão restritas às dependências oficiais e aos estabelecimentos hoteleiros e turísticos”. Já o uso da telefonia celular será “exclusivo dos membros do governo”. E ainda: “Será negado ao nativo qualquer acesso à internet”.
Temendo a reação das Forças Armadas comprometidas com a democracia, a Constituição Bolivariana propõe: “Será criada oficialmente uma Milícia Popular, a qual progressivamente passará a fazer uso de todas as instalações e equipamentos das Forças Armadas da Nação”. Por sua vez, dissolvidas as Forças Armadas nacionais, “será incorporada à Milícia Popular exclusivamente a oficialidade solidária com os ideais da Revolução”. E pontua: “A oficialidade não solidária com a Revolução será dispensada de suas funções sem nenhum tipo de indenização”.
O projeto da reforma constitucional da Venezuela reporta-se ainda a regulamentação de inúmeras atividades, a saber: medicina privada, empresas de seguro, bancos privados, controle do cambio, práticas sociais e religiosas, etc., cerceando, como princípio constitucional, as liberdades do indivíduo e da sociedade. O mais contundente é o que restringe o direito de ir e vir: “A entrega do passaporte para viajar ao exterior estará sujeita a consideração das autoridades competentes”.
Pode-se imaginar que toda essa monstruosidade constitucional acima levantada não passe de peça de ficção divulgada açodadamente para aterrorizar a burguesia continental; e/ou que, se verdadeira, não faça a cabeça dos próprios asseclas de Chávez no Congresso venezuelano. Em todo caso, ficção ou realidade, é bom ficar alerta: na Rússia, no Leste europeu, na China, no Vietnã e no Camboja, na Coréia do Norte, Cuba, em suma, onde o avanço vermelho se consolidou tais aberrações se cumpriram integralmente.
Sem que a população pudesse tugir ou mugir.

2 comentários:

João Paulo disse...

Exelente texto e exelente blog!

Lady Baginski disse...

Fúria Comunizante que me assustou agora.

Professor, esses pontos que destacou são o armagedon pra qualquer tipo de sociedade organizada que tenhamos nesse país, o fim das poucas posses que algumas pessoas trabalharam a vida inteira para adquirir. Como meu avô viveria com a aposentadoria miserável, sem o aluguel de um bangalô que tem pra ajudar nas despesas, depois de oitenta anos trabalhando pra ter essa propriedade a mais...

Estou a cada dia ficando mais desesperada com a iminência de um estado comunista aqui.