Paciência tem limite.
Ultimamente ando irritado com figuras políticas brasileiras. Proferem do mais alto púlpito o termo, agora na moda, republicano. Em recente texto redigido por um destes “doutores”, auxiliado por alguns puxa-sacos, o termo republicano é utilizado duas vezes, e em uma delas aparece da seguinte forma: “[...] socialismo democrático e republicano [...]”. Aos leigos, pode parecer a salvação da sociedade e do Estado brasileiro. Para mim, é um amontoado de palavras sem nexo, sem lógica.
Socialismo é uma ideologia, remete à um contestação da ordem liberal burguesa, um processo de ditadura do proletariado, com a finalidade de sacramentar o utópico comunismo. Historicamente, o socialismo remete aos regimes comunistas (aqueles a quem os capitalistas ou liberalistas, como queiram, chamavam de comedores de criancinhas).
Democracia, na sua definição clássica, é o regime de governo do povo, pelo povo e para o povo; opositora do totalitarismo e da ditadura.
República é uma forma de governo que tem origem na Roma clássica, onde um presidente é escolhido pelo povo para ser o chefe de Estado, cargo esse possuidor de caráter transitório. Mas pela sua origem, tem como base as virtudes do homem. A virtude republicana é, pois, para Montesquieu, que se inspira na tradição romana, uma virtude política, um sentimento que passa pelo respeito às leis e pela devoção do indivíduo à coletividade.
Agora, alguém consegue imaginar um socialismo democrático e republicano? Uma ideologia que historicamente gerou regimes totalitários somada à um regime contrário ao totalitarismo e à uma forma de governo baseada nas virtudes. É a salvação, obviamente.
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Ainda em tempo, outra moda agora, adotada pelos puxa-sacos do “doutor” são as peças de vestuário com a inscrição CCCP (para os leigos no alfabeto cirílico URSS).
Vou lançar moda também, peças de vestuário com a inscrição NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei ou, se preferirem, NAZI).
Porque não, os alemães apenas copiaram os métodos utilizados no regime comunista soviético, porém com um foco mais definido que o dos soviéticos, mas mesmo assim merecem algum crédito pela modernização do processo, não acham?
Vou ser julgado como terrorista, como racista? E qual o problema?
Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial. Um total aproximado de 20 milhões em toda a Europa.
Sob a égide dos vários regimes comunistas ao longo da história, estima-se que mais de 100 milhões de pessoas foram mortas. Só no Gulag soviético foram 61,911 milhões.
Mas e daí? CCCP é mais bonito.