Páginas

sexta-feira, 29 de junho de 2007

VIVA O HEZBOLLAH!! ISSO ACONTECEU NO BRASIL....

Um texto de Reinaldo Azevedo:
Sintusp: Os democratas de Paulo Arantes e Chico de Oliveira gritam: "Viva o Hezbollah". Veja você mesmo.
Como vocês sabem, Tio Rei está disposto a ressuscitar Amaral Neto, o Repórter. Ele mostrava a belezura da nossa pororoca (antecipava o jornalismo que Lula quer fazer no Brasil), e eu demonstro a pororoca de besteiras dos esquerdopatas, que acaba indo parar, de forma liofilizada, no jornalismo dito sério. Dei destaque aqui, como sabem, a uma conversa entre três tenores da esquerdopatia uspiana — Francisco de Oliveira, Paulo Arantes e Laymert Garcia dos Santos — na Folha de domingo, pressurosamente glosada pelo jornalista, sem qualquer intenção crítica. Falavam sobre os novos amanhãs que saíam da invasão da reitoria, de que o Sintusp, o sindicato dos funcionários da USP, foi o grande promotor. No Estadão, Luiz Renato Martins, um radical de segundo time, também demonstrava como a solidariedade e o humanismo estavam nas bases daquele movimento — e ele dá destaque, inclusive, aos companheiros funcionários.
Vovò Diet, uma leitora desta blog, manda um vídeo de uma reunião do Sintusp em que os valentes debatem a guerra entre Israel e o Hezbollah. Moacyr Aizenstein, um professor da USP, protesta contra um folheto distribuído pelo Sintusp que prega a destruição do Estado de Israel. É impedido de falar pela malta, que o faz calar-se. Toma, então, a palavra Claudionor Brandão, diretor do sindicato. É um que aparece, em outro vídeo que já postei aqui, dando safanões em estudantes da Poli — os estudantes aos quais ele deveria servir (por isso ele é um “servidor”). O homem explica, então, que, como “marxistas revolucionários”, eles são a favor da destruição de “todos os estados burgueses”, inclusive, claro, o de Israel. Mais: diz que a luta que se trava lá não é religiosa, mas de classes.
Não era o bastante. Um certo Marco Antonio, da Liga Bolchevique Internacionalista, toma a palavra para demonstrar que o apoio ao Hezbollah era o apoio, em suma, ao começo do fim do capitalismo. De fato, diz ele, apoiar o Hezbollhah era apoiar “os companheiros da Volks”.
Vejam o vídeo. Esses caras têm o apoio de Paulo Arantes, Francisco de Oliveira, Laymert Garcia dos Santos, Luiz Renato Martins e, por que não?, de uma parte da mídia brasileira, que reproduz de forma servil tudo o que eles pensam. Não acreditem no que digo deles. Acreditem no que eles dizem de si mesmos. Laura Capriglione, repórter da Folha, foi à reitoria e não percebeu nada disso. Viu um monte de estudantes sem qualquer vinculação política, em busca do novo. Ou, como disse Uirá Machado, também da Folha, de “algo de novo no ar, embora ainda não seja possível dizer exatamente o que (...)”. É claro que eles disseram o quê: a reunião terminou com gritos de “Viva o Hezbollah, Viva o Hezbollah”.
Eis o endereço:
Alguns leitores reclamam que não estão conseguindo acessar o vídeo em que os bravos do Sintusp pedem o fim do estado burguês de Israel. No meu micro, basta clicar duas vezes sobre a imagem. Mas tudo bem. O endereço é este: http://www.youtube.com/watch?v=RnljOrCf1b0&eurl=
O nome do vídeo (conforme está no original): “Debate do SINTUSP”

Nenhum comentário: