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terça-feira, 14 de junho de 2011

DESCONSTRUINDO MARX - SUA IMAGEM E TEORIA


Por Prof. Marlon Adami
Artigo editado nos Anais do I Congresso Internacional de Direito e Marxismo.
Inicio este artigo expondo uma breve cronologia biográfica do pensador Karl Marx, que me deterei nos aspectos jurídicos, econômicos e políticos de seu pensamento no desenrolar deste trabalho.



Karl Heinrich Marx, alemão/judeu, nasceu em Trier – Alemanha a cinco de maio de 1818. Estudou direito nas universidades de Boon e Berlim, mas sempre demonstrando um forte interesse por história e filosofia. Ainda na juventude atuou como jornalista em Colônia/Alemanha, também participando de um grupo de jovens que tinha uma forte influência pelo pensamento do filósofo alemão Hegel.


Seu interesse e familiaridade pelos problemas econômicas que ocorriam em varias nações européias surgem enquanto atuava no jornalismo.


Após o casamento com uma amiga de infância (Jenny Von Westplalen), foi morar em Paris, onde lançou os "Anais Franco-Alemães", órgão principal dos hegelianos de esquerda. Foi em Paris que Marx conheceu Friedrich Engels, com o qual manteve amizade por toda a vida.


Na capital francesa, redigiu "Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hegeliana, escreveu, com Engels, "A Sagrada Família", "Ideologia alemã" (texto publicado após a sua morte).


Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Bélgica, intensificou os contatos com operários e participou de organizações clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", o primeiro esboço da teoria revolucionária.


Foi expulso da Bélgica e voltou a morar em Colônia, onde lançou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favoráveis aos operários.


Expulso da Alemanha foi morar refugiado em Londres. Foi na capital inglesa que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de história e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre política exterior. Em 1864, foi co-fundador da "Associação Internacional dos Operários", que mais tarde receberia o nome de 1ª Internacional. Três anos mais tarde, publica o primeiro volume da obra, "O Capital".


Depois, enquanto continuava trabalhando no livro que o tornaria conhecido em todo o mundo, Karl Marx participou ativamente da definição dos programas de partidos operários alemães.


O segundo e o terceiro volumes do livro foram publicados por seu amigo Engels em 1885 e 1894.


Desiludido com as mortes de sua mulher (1881) e de sua filha Jenny (1883), Karl Marx morreu no dia 14 de março. Foi então que Engels reuniu toda a documentação deixada por Marx para atualizar "O Capital".


Apesar de sua primeira formação teórica ter sido o direito, a história, filosofia e a economia teve um papel relevante na construção de seu pensamento, sendo o direito uma ferramenta para a construção das regras de aplicação e fundamentação de sua teoria.


Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, Karl Marx é um dos pensadores que mais influenciaram a história da humanidade. O conjunto de suas idéias sociais, econômicas e políticas transformaram as nações e criou blocos hegemônicos. Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas o pensamento de Marx exerce enorme influência sobre a história.




AS BASES DO PENSAMENTO DE MARX






“O Estado é o todo perfeito, e o indivíduo, ou cidadão, apenas uma peça dessa totalidade.” (Hegel)






Levando em consideração, o momento histórico de evolução no mundo do trabalho, na intelectualidade e no esforço de experimentar ou adaptar as teorias dos iluministas do século XVI, XVII e XVIII, Marx aparece no cenário econômico e político do século XIX como um visionário que observa o mundo ao seu redor e sua problemática e crê na possibilidade de modificar e criar uma sociedade justa e igualitária.


Temos conhecimento que Marx não estava sozinho, co-existiam no mesmo cenário, outros pensadores, filósofos, economistas buscando desenvolver e solucionar várias equações que surgiam na evolução da sociedade capitalista numa velocidade naquele momento tão rápida quanto nos dias atuais, respeitando as devidas proporções tecnológicas.


Para significativa corrente do pensar filosófico, o marxismo não passa de uma filodoxia, e o seu criador, não propriamente um filósofo em busca da verdade, mas mero filodoxo, na expressão de Kant (1724-1804), um sujeito que enfrenta os problemas de natureza filosófica sem nenhuma intenção real de resolvê-los.


Seu pensamento era nutrido de uma arrogância a ponto de querer substituir a filosofia pela critica materialista. Um exemplo típico da mistificação de Marx encontra-se na sua tese de nº 11 sobre Fauerbach (1804-1872), em que dá conta de que "os filósofos se limitaram a interpretar o mundo; trata-se, porém de transformá-lo" - afirmação que, encerrando a mística do processo revolucionário como agente transformador da realidade, só consolida a visão da história crítica como substituta da filosofia - o que significa, em última análise, decretar a morte da própria filosofia.


Marx, enquanto pensador ou ativista intelectual, pouco ou em nada se voltou para a investigação metódica do fundamento do ser e do espírito das coisas - objetivo primordial da indagação filosófica -, limitando-se a construir uma obra substancialmente crítica, de feição materialista, toda ela imbricada no questionamento às vezes confuso - mas sempre virulento - do pensamento alheio.


O pensar de Marx depende virtualmente do que ele leu, perverteu ou adaptou do pensamento dos outros, a começar por Demócrito (460-370 a.C.) e Epicuro (341-270 a.C.), na sua tese ateísta de doutoramento em Jena, em 1841, passando por Hegel (1770-1831) e o próprio Fauerbach, ainda no campo filosófico, além de Rousseau (1712-1778), Saint-Simon (1760-1825), Fourier (1772-1837) e Proudhon (1809-1865), entre os reformistas sociais franceses, até chegar aos economistas clássicos ingleses Adam Smith (1723-1790), Mill (1773-1836) e, sobretudo Ricardo (1772-1823), cuja concepção da teoria do valor-trabalho, mais tarde destroçada pelo austríaco Bohm-Bawerk (1851-1914), serviu de modelo para Marx - aqui também escorado no "erro de conta" de Proudhon - extrair sua célebre mais-valia e acirrar os ânimos da luta de classes, idéia, por sua vez, a ser creditada ao falangista Blanqui (1805-1881), francês considerado inventor da barricada e autor da expressão "ditadura do proletariado".


A apropriação indébita permanente de Marx tem como fonte básica Friedrich Hegel, filósofo especulativo alemão, autor da complexa "Fenomenologia do Espírito" (Nova Cultural, SP, 2000), que definiu, no dizer acadêmico de Merquior ("Marxismo Ocidental", Nova Fronteira, 1986), "o Absoluto como um Espírito ultra-histórico", associando a ontologia (teoria do ser) com filosofia da história (reflexão sobre o pensamento histórico), procurando, via intermediação dialética, a unidade entre o finito e o infinito para assim chegar ao eterno como fundamento do transitório - e vice-versa. Hegel enxergava no movimento pendular entre as forças da imediação e da mediação (que classifica de "negativas" ou de "auto-alienação") o caminho que conduz ao desenvolvimento do Espírito absoluto, este entendido como realidade única e total.


Neste momento, enquanto o filosofo alemão, Arthur Schopenhauer (1788-1860) considerava Hegel, um charlatão ordinário, Marx bebia avidamente na fonte hegeliana para formatar seu pensamento e formular suas teorias.


O sistema interpretativo do mundo na visão hegeliana, leva Marx nas suas teorias a substituir "povos" por "classes", matar a charada da progressividade da história. Na sua cabeça, se a história é um "processo" irreversível e ascendente, torna-se evidente a superação da burguesia pelo proletariado - do mesmo modo que a burguesia suplantara o feudalismo.


Uma observação importante na analise da formação do pensamento de Marx é que, tanto Hegel quanto Marx fazem uso da dialética em causa própria. Um e outro, no momento oportuno, congelam a dinâmica ascendente do sistema para fazer pontificar suas pessoais interpretações.


Assim como Marx, que congelaria o operariado como classe única entre as classes após o "devir" do banho de sangue revolucionário, Hegel, a despeito do movimento dialético, elegeu o seu próprio sistema filosófico como ponto final do desenvolvimento do pensamento e, o que é pior - conforme deixa entrevisto na "Filosofia da História" (Nova Cultural, SP, 2000) -, projetou na monarquia representativa prussiana o modelo acabado do desenvolvimento político-social – mistifório.


O que Marx entendia sobre economia era quando era cobrado pelos credores e de imediato solicitava dinheiro ao pai para quitação/protelamento dos mesmos. Foi Friedrich Engels (1820-1895), parceiro, provedor e filho de rico industrial alemão do ramo têxtil, que o induziu à leitura dos economistas clássicos ingleses, em especial de David Ricardo.


As várias contribuições de Ricardo à economia política dizem respeito, fundamentalmente, à criação das leis de associação e das vantagens comparativas e, na distinção entre custo e valor produzido pelo trabalho, à elaboração da célebre teoria do valor-trabalho, uma tentativa racional de se calcular o valor (preço) das mercadorias e dos salários.


Mas foi especialmente na teoria do valor-trabalho de Ricardo que Marx buscou fundamento para elaborar a sua insustentável mais-valia. O valor de uma mercadoria - diz Ricardo - é determinado pela quantidade de trabalho nela incorporado. Já o preço da mão-de-obra é determinado pela quantidade de capital disponível para o pagamento dos salários e pela dimensão da força de trabalho - o resíduo é o lucro. Não pode haver aumento no valor do trabalho sem uma queda nos lucros – afirmou o economista inglês.


O anarquista francês Joseph-Pierre Proudhon (com quem Marx travará mais tarde renhida polêmica), analisando em "O Que é a Propriedade?" (Paris, 1840) a relação entre capital e trabalho descobre "um erro de conta proposital e constante" na composição do salário do trabalhador, que, assegura, "nada mais é do que uma apropriação da força coletiva do trabalho" pelo capitalista. Em obra posterior, "Sistema de Contradições Econômicas" (Paris, 1846), Proudhon trata das questões dos valores econômicos e da divisão do trabalho e procura demonstrar as falhas, a um só tempo, da economia política clássica e da falsa visão econômica do coletivismo socialista. No tocante a Marx, que considera um reles plagiário, Proudhon entende que o ódio deste por ele nasce do fato de ter "dito tudo antes dele".


O pensamento transformador e revolucionário de Marx deixou na sua trajetória uma imagem raivosa e rancorosa diante de outros teóricos de sua época, que também pensavam em mudanças, mas analisavam e teorizavam de forma oposta a que Marx nos seus devaneios utópicos, radicais e totalitários pensava em como transformar o mundo para melhor.


Marx se propunha não só a exercer alguma influência sobre os destinos do mundo, mas transformá-lo - o que em sua linguagem revolucionária significava, antes, destruí-lo. Desse modo, tal como partiu anteriormente para liquidar com a filosofia, Marx atirou-se contra o mundo da economia burguesa, com ênfase na demolição da propriedade privada e do sistema capitalista de produção.


Para atuar na esfera diretamente política, o passo que deu a seguir - ou paralelamente - foi o de se instrumentalizar nas palavras de ordem do ideário político dos reformistas sociais franceses e, com mais empenho, nas cantilenas igualitaristas de Rousseau, Saint-Simon, Fourier e Proudhon. Foram muitas as idealizações dos reformistas sociais franceses do século 18 e 19, mas pelo menos duas delas ganham destaque e unem todos eles, a saber: 1) a predominância da igualdade completa entre os homens, e 2) a construção de uma sociedade modelar justa e livre.


É sabido que Marx, enquanto leitor e teórico estimava o apelo dessas idéias e que freqüentemente recorria a todas elas, em especial às projeções de Rousseau, Saint-Simon.


O "Contrato Social" de Rousseau é um somatório de regras administrativas para se chegar à sociedade civil perfeita. Com ele, o pensador iluminista pretende transformar a sociedade existente, considerada injusta, numa nova sociedade perfeitamente igualitária composta por "homens novos". Para construir a sociedade ideal, julgam necessário de início que se ame as leis criadas a partir de uma vontade coletiva; estas, por sua vez, coordenadas por elite política sábia, a quem todos se obrigam a obedecer por contrato.


Foi paradoxalmente no anarquista Proudhon - tanto o teórico socialista voltado para a crítica da economia quanto no ativista e organizador político - que Marx encontrou respaldo para suas formulações teóricas. Proudhon não era, simplesmente, um fabricante de sonhos ou um idealizador de sociedades fantásticas. Embora considerado um dos fundadores da sociologia, ele desempenhou, de fato, papel importante na organização de associações e movimentos operários franceses, sendo reconhecida sua atuação na revolução de 1848, além da influência, depois de morto, por força de suas idéias e ação dos seguidores, na Comuna de Paris de 1871 - desempenho este, por motivos óbvios, sonegado perversamente por Marx nas reportagens que formam "As Lutas de Classes na França" e "Guerra Civil na França" (ambos da Global, São Paulo, 1986).


Os métodos de Proudhon na atuação política contrastavam fundamentalmente com os de Marx, e ele soube, como nenhum outro, conduzir a classe operária francesa à posição de destaque no cenário internacional. A um só tempo, Proudhon reconhecia as vantagens da descentralização governamental, operava na criação de instituições financeiras de crédito popular (mutualismo), apontava para o imperativo da autogestão em face das organizações estatais e burocráticas de controle social e, a partir da aplicação da justiça à economia política, teorizava sobre a necessidade de uma democracia operária em oposição à ditadura do proletariado. Marx, para reiterar o óbvio, acompanhou todos os seus passos e tinha no confronto com ele e um seu aliado, Mikhail Bakunin (1814-1876), a razão de ser de sua existência política e teórica.


Marx tentou aliciar Proudhon, por carta, convidando-o a integrar a corriola do Comitê Comunista de Correspondência, base da futura Liga Comunista (sediada em Bruxelas). Mas na carta, em que pese elogiar Proudhon, o "Doutor do Terror Vermelho" não consegue disfarçar o caráter virulento e ataca um discípulo deste, Karl Grun (inventor de mais um tipo de socialismo - o "socialismo verdadeiro"), a quem considera um tipo suspeito. Proudhon não apenas recusa o convite, como defende Grun e adverte Marx quanto ao caráter violento e nocivo do seu dogma revolucionário.


A leitura anotada de vários livros, entre eles os de Marx, poderá levar o leitor a conclusões semelhantes ou parecidas. Na prática, a teoria que envolve o "socialismo científico" de Marx mostrou-se tão pouco científica como qualquer outra e - o que já é lugar comum afirmar - suas "leis", "tendências" ou "previsões" históricas jamais se cumpriram sequer remotamente. Superado o ciclo do historicismo determinista, e com ele as irrealistas projeções econômicas, os próprios membros da seita trataram de enfiar a viola no saco e partir para a institucionalização da "crítica cultural", elegendo o infinito conceito da "alienação" como novo objeto de culto. São, por assim dizer, as sanguessugas de Marx, repetindo em bloco o mesmo que o "mestre" fez com Hegel, Fauerbach, Proudhon e tantos outros.


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O PENSAMENTO RELIGIOSO DE MARX


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Marx dentro de sua formação teórica, também divagou pelo campo religioso, fazendo criticas ferozes sobre os alicerces religiosos da sociedade capitalista, o cristianismo.


“Marx seguramente afugentará a Deus de Seu céu, e até mesmo O processará. Marx chama a religião cristã de uma das religiões mais imorais”. (Conversações com Marx e Engels, Insel Publishing House, Alemanha, 1973).


Marx acreditava que os cristãos antigos haviam massacrado homens e comido a sua carne. Com essas expectativas, Marx se inicia nas profundezas do satanismo. Não era verdade que Marx nutria sublimes ideais sociais sobre ajudar a humanidade e que a religião era o obstáculo para atingir esse ideal, sendo este o motivo que levou Marx a adotar uma atitude anti religiosa.


“O biógrafo de Marx escreve: "Pode haver muito poucas dúvidas quanto ao fato de que aquelas estórias intermináveis eram autobiográficas... Ele tinha o ponto de vista do diabo quanto ao mundo e a maldade do diabo. Às vezes, “ele parecia reconhecer que estava executando obras do mal.”


Quando Marx terminou Oulanem e outros de seus primeiros poemas nos quais reconhece ter um pacto com o diabo, ele não tinha quaisquer pensamentos quanto ao socialismo. Até mesmo o combatia. Era redator de uma revista alemã, a "Rheinische Zeitung", que "não concede nem mesmo validade teórica às idéias comunistas em sua forma atual, não menciona desejar sua realização prática, a qual de qualquer modo crê impossível... As tentativas feitas pelas massas para executar idéias comunistas podem ser respondidas por um canhão, tão logo se tornem perigosas..." Após alcançar este estágio em seu modo de pensar, Marx encontrou Moses Hess, o homem que representou o papel mais importante de sua vida, e que fez adotar o ideal socialista. Hess o chama "Dr. Marx - meu ídolo, que dará o chute final na religião e política medievais". Assim, dar um pontapé na religião era o principal objetivo, e não o socialismo. George Jung, outro amigo de Marx daquela época, escreveu ainda mais claramente, em 1841:


“Marx odiava todos os deuses, odiava qualquer conceito de Deus e desejava ser o homem que iria expulsar Deus”.






Era Karl Marx um satanista? Richard Wurmbrand, p. 09, Ed. Missão Editora Evangélica






PROJETO JURIDICO DE MARX






Na teoria materialista de Marx, o direito, apesar de ser sua primeira formação acadêmica, não passaria de uma superestrutura governada pela infra estrutura econômica, com a ressalva que no marxismo é reconhecida certa inter relação entre o direito e a economia.


[...] essa concepção só pode levar a conclusão dos juristas, conforme conceito exposto pela maioria de seus expoentes, de que o direito é um conjunto de regras coercitivas a serviço da classe dominante, detentora dos meios de produção, sejam a burguesia ou o proletariado. (Reale, 2001, p. 375).


Esta inter relação é explicitada por Marx na seguinte afirmação:


“O direito é uma face do econômico, mas entendida no sentido dinâmico e tenso da economia”


O que vemos ao longo das praticas do marxismo é o direito reduzido a mero instrumento estatal para realizar praticas políticas publicas em nome do proletariado, esvaziando-se de sentido autônomo: “[...] direito é aquilo que o Estado diz que é [...]” (Reale, 1970, p. 101). E cada dirigente no seu Estado de poder revolucionário definiria o direito conforme suas conveniências momentâneas.


Existe a interpretação de que a teoria marxista é reducionista, baseada na interpretação de que o marxismo reduziria o direito à superestrutura de processos de produção, apesar de ressalvas feitas pelo próprio Marx destacando a ação regressiva da ordem jurídica sobre as forças que a constituíram.


Essa ação regressiva se explica de forma lógica quando assumimos que o socialismo não é um regime e sim um estágio dentro da teoria de Marx. Ele vislumbrava como objetivo principal o comunismo, ou seja, autogestão, supressão de grande parte do direito que no socialismo ou estágio preparatório para o comunismo, é o leme que direciona a sociedade para plena adaptação ao comunismo ou o regime objetivado por Marx desde os primórdios da formação de seu pensamento filosófico/político/econômico.


Dentro da perspectiva de supressão do capitalismo pela via revolucionaria, o direito capitalista burguês que orienta uma economia de mercado pouco pode ser utilizado como ferramenta de regramento. O conjunto de leis deve ser formado novamente conforme a necessidade da cúpula revolucionaria governante e que por principio, está à frente do ideal comum do proletariado que os seguem.


Por mais que Marx, dentro do seu contexto filosófico/político observe a sociedade como um grupo que deva ter liberdade para escolher o seu rumo, ou seja, na sua base teórica a democracia apareça de maneira explícita, na prática, como resultado da ação revolucionária, o totalitarismo se faz presente, transformando os líderes revolucionários em ditadores que privilegiam seus pares e que tomam o poder como seu principal objeto de desejo.


A opressão feudal que o capitalismo deixou para trás, ressurge num formato diferenciado: onde havia rei e nobreza apoiado pelo clero, no socialismo prático temos por experiência, um líder e sua cúpula do partido.


A Igreja não mais participa das questões sociais e políticas, no marxismo a imagem do líder apoiado pela cúpula partidária e do próprio partido como um todo e um regramento jurídico praticado por um eficiente regime de policiamento do Estado faz com que o socialismo de estágio se torne um regime duro, cruel, e de jurisdição a serviço do Estado conforme a sua necessidade de manutenção do grupo dominante.


A democracia no pensamento marxista ilude a sociedade, pois apenas sugere a sociedade que tenha direito individual de governar e transfira numa eleição para o seu candidato. A questão que os candidatos são todos do meio revolucionário, sendo assim a escolha se torna uma manutenção do grupo dominante que detém o poder em nome da revolução e da busca da pratica do comunismo.


“A democracia é a estrada para o socialismo” Karl Marx


Um direito censor é explicitado pelos que praticaram o marxismo, e que o próprio Marx teorizou este direito censor como uma forma de acomodar e organizar o proletariado para o comunismo pleno.


"Aquele que agora fala sobre a "liberdade de imprensa" retrocede e impede nossa corrida impetuosa ao Socialismo." Vladimir Lênin


"Um sistema de licença e registro é o dispositivo perfeito para negar posse de arma à burguesia." Vladimir Lênin


Marx elaborou uma tese em que o Direito, como regra de conduta coercitiva, encontra sua origem na ideologia da classe dominante, que é precisamente a classe burguesa. Necessário fazer-se uma ressalva a esse pensamento, uma vez que o Direito não é o efeito exclusivo da vontade da classe econômica senão a síntese de um processo dialético de conflito de interesses entre as classes sociais, que Marx denominava de luta de classes. Entra aí Sociologia Jurídica com o intuito de explicar as causas e os efeitos do Direito, uma vez que este se imiscui com os fenômenos sociais, construindo e organizando uma hierarquia social em que o poder é exercido de forma legítima pela classe dominante, que é de fato quem legisla, ainda que não ilimitadamente em razão da resistência da classe operária.






Ora, na visão de Marx o processo de dominação encontra suas raízes na origem da humanidade, se dando por força do "direito escravagista; depois, feudal; finalmente burguês ou capitalista, acompanhando o desenvolvimento das forças produtivas que vão fazendo história. Marx acreditava que "as forças econômicas numa sociedade eram as principais responsáveis pelas modificações em todos os outros setores e, conseqüentemente, pelos rumos do curso da história", o que não significa dizer que o Direito é exclusivamente efeito da vontade da superestrutura econômica, e não a sua causa.


O Direito serviu como causa determinante sem a qual o capitalismo não floresceria, haja vista a necessidade de garantir-se um mínimo de estabilidade social, econômica e jurídica para a expansão de um mercado inserido na eterna e conflitante relação do capital com o trabalho.


Por fim, Marx defendeu a tese segundo a qual a evolução econômica é ponto de partida para as evoluções política, jurídica, filosófica, religiosa, literária etc., mas também afirmou que a base econômica não é causa única do complexo processo de mudança social, uma vez que todas as evoluções encontram-se vinculados, reagindo umas sobre as outras. De fato, "a afirmação de que Marx reduziu toda a vida social à vida econômica é falsa, pois ele fez exatamente o contrário: revelou que a vida econômica não é mais do que uma parte integrante da vida social e que a nossa representação do que se passa na vida econômica é falseada na medida em que não percebemos que atrás do capital, da mercadoria, do valor, dos preços, da distribuição dos bens se esconde a sociedade dos homens que nela participam que serão a posteriori pelo direito regulados e, em certa medida, alienados.




PROJETO ECONOMICO DE MARX


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O diagnostico inicial de Marx para a visão econômica é que o labor não é uma satisfação de uma necessidade e sim um meio de suprir outras necessidades, pelo que o individuo só se sente livre no desempenho de funções que mais o identifica diante de suas capacidades e habilidades.


Marx foi o analisador dos problemas sociais e via que as soluções estavam numa nova ordem econômica, uma reorganização do capital e uma legislação que fundamentasse e mantivesse este novo modelo social alinhado ao seu conjunto ideológico.


Entre a visão empírica e a analise dos grandes teóricos do capitalismo, Marx colocava o seu ideal de mudar a história, sabendo ele que esta mudança acarretaria numa transformação não só do modelo econômico, jurídico e político, mas da mentalidade da sociedade através do estudo da ideologia que vinha teorizando e aplicando na formação de organizações e divulgação de seu ideário.


A economia política que Marx trabalhava no sec.XIX significava designar uma determinada área do conhecimento voltada para os problemas da sociedade humana relacionadas com a produção, acumulação, circulação e distribuição de riquezas.


Em sua Contribuição a critica da Economia Política, Marx diz que “a economia clássica inicia na Inglaterra com William Petty e na França com Boisgillebert e termina na Inglaterra com David Ricardo e na França com Sismondi” (Marx, 1859, p. 47), os demais economistas os intitulavam de vulgares.


Marx trabalhou muito encima de achismos, pois não analisava a sociedade como um todo, mas o que observava ao seu redor e seu objeto principal não era a sociedade capitalista, mas o modo de produção capitalista, conseqüentemente estava construindo uma sociedade utópica na sua abstração.


Via o papel do dinheiro no sistema capitalista em segundo plano, dando mais ênfase ao mundo das mercadorias e o dinheiro sendo a conseqüência de um processo mercantil. Em determinado momento de seu pensamento ele passa dar autonomia ao dinheiro dentro do sistema colocando o fator monetário como meio e resultado ao mesmo tempo, ou seja, o dinheiro não apenas compra, mas também pode ser uma mercadoria, transformando o processo capitalista num circulo vicioso.


Suas preocupações em socializar, igualar as condições de produção e distribuição do capital, deram margem a outras interpretações, onde a força revolucionaria romântica, toma a forma na pratica numa ditadura do proletariado, mas sem deixar de haver a liderança que legisla, administra e executa mais em causa própria do que para a sociedade em geral.


Um tanto misterioso, ainda, o motivo pela qual Marx que nunca foi um proletário ter enveredado a estudar os problemas da sociedade e vislumbrar algo diferente e melhor do que o sistema capitalista que naquele momento engatinhava no continente europeu. Dentro de sua obra mais se encontra ideário que soluções, utopia sujeita a adaptações e distorções do que uma teoria com possibilidades de se concretizar.


Para Marx o Estado é o instrumento na qual uma classe domina e explora outra classe. O Estado seria necessário a proteger a propriedade e adotaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comitê executivo da burguesia No manifesto comunista, Marx e Engels, explicitam que o poder político, adequadamente assim denominado, é meramente o poder organizado de uma classe para oprimir a outra.


Assim veremos que a teoria de Estado elaborada por Marx, é derivada do que Marx teorizava como classes sociais, onde para este autor, a luta entre as mais variadas classes é o configura a história de toda sociedade, uma história construída por grupos de interesse organizados, as classes sociais. Classes que são egoístas, não lhe importam os interesses nacionais, seus interesses estão acima do nacional, muito menos as classes opositoras.


Para Marx as classes não seriam somente um grupo de que compartilha de certo status social, mas é definida em relações de propriedade. Para ele havia aqueles que possuíam o capital produtivo, com o qual expropriavam a mais-valia, constituindo assim a classe exploradora, de outro lado estava os assalariados, os quais não possuíam a propriedade, constituindo assim o proletariado.


Desta maneira vemos que Marx definiu a classe, ao invés de relacionada com a posição social ou do prestigio de seus membros, relacionou esta com a propriedade produtiva, ou seja, detentores de capital ou não. Isto porque se fossem relacionadas como a posição social, as classes de renda distintas não comungariam dos mesmos interesses.




O APARELHO IDEOLÓGICO DE MARX


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Na teoria Marxista, o aparelho do Estado compreende: o governo, a administração, o exército, a policia, os tribunais, as prisões, etc. que nada mais é que o aparelho repressivo do Estado, funcionando pela violência.


O conjunto de vários aparelhos estatais específicos compõe os Aparelhos Ideológicos do Estado, legislando e executando em prol da revolução e teoricamente para o bem da sociedade, mas a proletária, pois as demais classes sociais extinguidas com a revolução certamente cairiam no pente fino revolucionário.


Porem se observarmos o Estado como aparelho administrativo e repressivo da sociedade marxista, está alem do bem e do mal, não é nem publico nem privado, mas a condição de toda a distinção entre o publico e o privado


A ideologia era massivamente regrada pela ideologia que atua em todos os setores e educando, sancionando e censurando, não dando liberdade nem mesmo para as questões do espírito.


Para Marx, seu ideário era uma revolução e nessa revolução tudo teria de ser modificado, desde a base social, econômica, jurídica e religiosa. Uma sociedade preparada para o grande objetivo que era a autogestão da sociedade e uma sociedade livre de governo, mas que sem o estagio do socialismo jamais poderia se preparar para o comunismo pleno.


Tudo voltado e trabalhado em prol da ideologia, a construção do homem perfeito para a sociedade utópica perfeita.


A combinação da educação, religião e aparelho repressor formava a equação certa para o sucesso da construção do ideário de Marx, porem enquanto ditadura do proletariado com grupo ou partido a frente do ideário, o poder fazia os governantes esquecerem o real objetivo de toda sua teoria: A sociedade igualitária, sem a exploração do capital e do capitalista.




CONSIDERAÇÕES FINAIS


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Em se tratando de Marx como ser humano e como um pensador/cientista, diga-se de passagem, extremamente de esquerda, seu pensamento, independente da área pela qual se dedica a analisar e formular, sejam o direito, sociologia, política, economia ou religião, sempre deixou na sua teoria uma marca profunda no radicalismo, esquerdismo pleno, utópico e sem originalidade.


Contradiz-se, ao teorizar em prol de uma sociedade justa, que de justa só contemplava a ele próprio e seus seguidores posteriores. Deixou a imagem de pensador humanista, mas para quem nunca viveu a realidade proletária, só se tornou figura marcante influenciando o pensamento contemporâneo, como uma alternativa ao sistema capitalista liberal, reafirmo, sem originalidade teórica pela sua farta pesquisa e influencia de pensadores como Hegel, Rousseau e seus contemporâneos, Phroudon, Saint Simon, que o fizeram criar as adaptações necessárias as suas teorias socialistas difusas para não parecerem cópias mal feitas de seus concorrentes filosóficos de esquerda.


Concluo, afirmando dentro de minha analise a pessoa de Marx e sua obra, que seu maior legado é sim o tratamento que sua teoria exige de seus simpatizantes, um espírito religioso e devoto aos preceitos escritos pelo mais celebre esquerdista contemporâneo.


Numa analise imparcial de sua obra, dificilmente encontraremos igualdade e justiça, mas uma substituição da classe dominante, legislação em causa própria e privilégios e ações radicais para a busca e manutenção do poder.




BIBLIOGRAFIA


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MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo; Martins Fontes, 2001


MARX, Karl, O Capital: critica da economia política, Volume I, Livro primeiro, Tomo I. São Paulo: Abril, 1983


MARX, Karl. Manuscrito econômico filosóficos. São Paulo: Bontempo, 2004


Hegel, G. W. F. Fenomenologia do espírito, Petrópolis: Vozes, 2002


FREITAS, Lorena de Melo. Marxismo, Direito e a problemática da ideologia jurídica. Artigo apresentado ao 4º colóquio de Marx e Engels.


NAVES, Marcio Bilharinho. Marxismo e Direito: Um estudo sobre Pachukanis. São Paulo, Bontempo Editorial, 2000


FERREIRA, Adriano de Assis. O Marxismo de Miguel Reale. Prisma Jurídico, São Paulo, 2006


WURMBRAND, Richard. Era Karl Marx um Satanista? PDF, http://www.lucassantos.com.br/hoje/Era%20Karl%20Marx%20um%20Satanista%20-%20Richard%20Wurmbrand.pdf


MISHIN, Stalinav. Marxismo Ocidental, o que vos espera. MSM, 2010


http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/11103-marxismo-ocidental-o-que-vos-espera.html













domingo, 5 de junho de 2011

Bagunça Dilmesca





O atual governo petista com Dilma a sua frente já era uma bagunça e contradições desde o tempo em que era ministra da casa civil e posava de super competente, qualificada e com ares de excelente nome para presidir o país do futebol, do BBB, do Funk, do narcotráfico e de vasta exportação de travestis para a Europa.


Façamos uma breve retrospectiva destes poucos meses em que Dilma encarnou a presidência:


Ela se contradisse nas suas propostas com relação ao PNDH 3, aborto, movimento gay, afrontou a família e os cristãos e principalmente tentou de todas as formas omitir o seu passado criminoso que a tal Comissão da Verdade jamais irá mexer nesse baú. Afinal uma comissão formada pela maioria marxista leninista como a presidanta, tem o álibi da “causa” para justificar seus crimes enquanto desqualificam a atitude dos militares que defenderam a constituição e a democracia a pedido do próprio povo contra a ditadura socialista que Dilma e tantos outros corruptos que atualmente mamam nas tetas de Brasília, mantém o companheirismo saudosista da luta vermelha dos anos 60/70.


No governo a sua inoperância congênita é presenciada por um povo que se satisfaz com promessas e embromations vindos de Brasília e nada faz com os tantos escândalos e absurdos cometidos nestes poucos meses de Dilma a frente do Planalto.


Copa do Mundo, uma fabula que mais servirá para encher os cofres petistas e a maquina da corrupção.


Sistema de transportes sucateados em todas as suas variantes, um problema para décadas de investimentos que nos últimos nove anos nada foi feito para amenizar a precária situação do transporte nacional.


A segurança nacional rural e urbana é uma vergonha, UPP’s que nem intimida o narcotráfico, a violência rural patrocinada pelo governo através de uma legislação e patrocínio ao MST deixa o campo num território de guerra e assassinatos com listas de vitimas que a própria incompetente ministra Maria do Rosário confessou a incapacidade até para proteger as pessoas ameaçadas de morte.


A inflação reapareceu, mas mesmo a mídia a serviço do governo, não comentando, o cidadão sente no bolso o retorno do dragão da inflação motivado pela péssima administração socialista lulo petista que distribui dinheiro por bolsas tudo, sem a capacidade financeira necessária para tanto.






A corrupção, o mensalão, as barganhas e lobbys rolam soltas em Brasília onde o eleitor nem mais é lembrado de seus anseios para a nação, o que vale mesmo, é que quem chegou lá, tem o poder e vai favorecer a si e aos seus.


Bem, a educação! Está condenada à burrice com intuito político ideológico querendo transformar nosso povo em mera manada seguidora dos seus lideres socialistas do partidão, que não é tão “ão” quanto demonstra.


Haddad, um marxista leninista de carteirinha (vide seu currículo Lattes) tem a cara de pau de ainda achar que tem razão em gastar com livros e kits contra homofobia que são uma afronta a inteligência de qualquer cidadão, independente de classe social ou ideologia.


Prezados professores a alunos, há pouco tempo nos preocupávamos com o novo código ortográfico, agora com esse livro emburrecedor, esqueçam as novas regras, falar e escrever errado serão incorporados a cultura nacional, em troca da construção da manada emburrecida e incapaz de criar uma opinião que coloque em xeque o poder petista em Brasília.


A milícia urbana da esquerda brasileira chamada movimento gay, pró maconha e sabe lá quantos prós ainda surgirão durante esse governo, desviam o foco da população da agenda mais importante para a população transformando os noticiários em verdadeiros programas de fofocas e casos vazios, deixando a corrupção e a inflação na escuridão, omitida do povo.


Mas, Lulla está de volta, aquele que no maximo chegou ao purgatório após sua saída do Planalto, retorna sorrateiramente, para fazer o que mais sabe comandar as falcatruas, mentiras e reger o circo petista em Brasília, com o pão, circo e bolsas para a maioria eleitora incultas do PT. (Leia a obra intitulada O CHEFE, de Ivo Patarra).


Enquanto isso observamos passivamente a inexistência total dos partidos de direita e uma luta desenfreada dos partidos de esquerda para alcançarem o poder, pois nuncaantesnahistoriadessepaís se sonhou que um dia ficaríamos órfãos dos partidos de direita, que são necessários para efetuar a verdadeira democracia que não se ensina no Brasil, democracia Brasileira se resume a eleição e voto, o restante é teoria.


O PT que na sua arrogância e supremacia se acha intocável, esquece que representa apenas 33 milhões de eleitores e sua vulnerabilidade é grande e ameaçadora para sua permanência no poder.


Não querendo profetizar, mas acredito que Dilma não encerra seu mandato e Palocci só se mantem no ministério pela inoperância jurídica do poder judiciário e a passividade de um povo mais preocupado com futilidades e o pão e circo oferecido pelo governo marxista leninista de Dilma com o reforço momentâneo do “chefe” Lulla da Silva.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

A VERDADE SOBRE A RELAÇÃO PT - FARC

PT, Farc e Foro de São Paulo.



FSP em 2001, Havana, Cuba






“O Foro de São Paulo surgiu a partir da iniciativa de partidos de esquerda da América Latina para debater sobre a queda do socialismo nos países do Leste Europeu e suas conseqüências na região. Uma das propostas principais foi discutir uma alternativa popular e democrática ao neoliberalismo, que estava entrando na fase de ampla implementação mundial.


A primeira reunião se deu em São Paulo, em julho de 1990, sob o nome de Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe, e foi convocada pelo Partido dos Trabalhadores, Brasil. Conseguiu reunir 48 partidos e organizações que representavam diversas experiências e correntes políticas de todo o continente latino-americano.


O nome "Foro de São Paulo" foi firmado no Encontro seguinte, no México, e deveu-se exatamente ao fato da primeira reunião ter sido na cidade de São Paulo. Nele também surgiu a idéia de maior integração continental, através da troca de experiências, discussão das diferenças e busca de um consenso político para a região.






Até o momento, a trajetória do Foro de São Paulo mostrou que é possível trilhar novos caminhos internacionalistas. Se o objetivo principal de construção de um modelo alternativo de desenvolvimento ainda não foi atingido, os esforços nessa direção já geraram uma trama de relações onde o intercâmbio de pessoas e idéias tem se mostrado cada vez mais rico e proveitoso.






É um exemplo de diplomacia para a cidadania.”


http://web.archive.org/web/20020617120731/http://pt.uol.com.br/site/teste/index2.asp






Membros participantes do IX encontro:


http://web.archive.org/web/20020617121432/http:/pt.uol.com.br/site/teste/membros.asp






RESOLUÇÃO DE CONDENAÇÃO AO PLANO COLÔMBIA E DE SOLIDARIEDADE COM A LUTA DO POVO COLOMBIANO






O X Encontro do Foro de São Paulo reunido de 4 a 7 de dezembro de 2001, em Havana, Cuba.






CONSIDERANDO:






1. A grave crise econômica, política e social que sofre o povo colombiano, produto das políticas desenvolvidas pelo Estado e seus diferentes governos, aplicando as imposições do Império e as receitas do Fundo Monetário Internacional - FMI.


2. A justa e necessária luta de colombianas e colombianos por construir a sociedade que merecem, em paz, com justiça social, dignidade e soberania.


3. O desenvolvimento de medidas imperiais como o Plano Colômbia e seu complemento, a Iniciativa Regional Andina, verdadeiros planos de guerra contra o povo colombiano, latino-americano e caribenho.


4. O terrorismo de Estado que segue assassinando a população civil paralisada pela ação de seus grupos paramilitares.






RESOLVE:






5. Apoiar e encoraja os processos de diálogos desenvolvidos pelas FARC - Exército do Povo e o ELN, em busca de soluções diferentes à guerra para a grave crise colombiana e o conflito social, político e armado, ficando à disposição, na medida de nossas possibilidades e as necessidades dos processos.


6. Manifestar sua solidariedade e reconhecimento com a Frente Social e Política como expressão importante da organização de colombianos e colombianas no desenvolvimento da luta por seus direitos.


7. Repudiar e condenar novamente o Plano Colômbia e seu complemento, a Iniciativa Regional Andina, e organizar a resistência popular como parte da corrente de lutas contra a dominação neocolonial da qual fazem parte megaprojetos como a ALCA.


8. Manifestar publicamente, como forças e movimentos políticos anti-imperialistas, nossa defesa aos direitos de rebelião e autodeterminação dos povos do mundo e rechaçar o qualificativo de terroristas para toda forma de resistência.


9. Ratificar a legitimidade, justeza e necessidade da luta das organizações colombianas e solidarizar-nos com elas.


10. Condenar energicamente o terrorismo de Estado e demandar castigo ao paramilitarismo e seus responsáveis materiais e intelectuais, nacionais e estrangeiros.


11. Reivindicar o reconhecimento dos presos políticos e sindicais na Colômbia e exigir sua liberdade imediata. Pedir o pleno exercício do direito à defesa e a aplicação urgente das recomendações da ONU para modificar as condições carcerárias deploráveis em contradição com as normas elementares da dignidade humana.






Cidade de Havana, 7 de dezembro de 2001.


http://web.archive.org/web/20020702023739/pt.uol.com.br/site/teste/textos/10colombiap.asp


As atas completas do Foro de São Paulo podem ser encontradas no seguinte link: http://www.midiasemmascara.org/attachments/007_atas_foro_sao_paulo.pdf






I N T E R N A C I O N A L


Partidos de esquerda da América Latina e Caribe terão encontro no próximo ano


“O Grupo de Trabalho do Foro São Paulo reuniu-se no mês passado em Manágua, na Nicarágua com o objetivo de preparar o IX Encontro dos Partidos Latino-Americanos e Caribenhos de Esquerda, que será em fevereiro do ano que vem, na própria Nicarágua. [...]


Colômbia - Foi tratado com especial ênfase o caso das negociações entre a FARC e o governo colombiano para um acordo de paz que garanta a democracia e a justiça social, a abertura do diálogo entre o ELN e o governo para facilitar o desenvolvimento da comunicação nacional. Neste sentido, o Foro repudiou veementemente qualquer tentativa de intervenção norte-americana no conflito armado que ocorre no país. [...]


Participaram da reunião do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo, além do PT, o PRD, do México; FARC, Partido Comunista e ELN, da Colômbia; Partido Comunista de Cuba; Partido Comunista de Guadalupe; URNG, da Guatemala; e FSLN, da Nicarágua. Estiveram presentes também o Partidos dos Trabalhadores do México e o PSD-Frepaso, da Argentina, que foram convidados especialmente, em decorrência do Seminário do Cone Sul. Compareceram ainda representantes do Partido Social-Democrata, da Áustria; Partido Comunista da França e Partido Socialista de Esquerda da Noruega.”


http://web.archive.org/web/20021029070858/http:/www.pt.org.br/ptnot/ptnot81/pagina2a.htm


Farc enviam carta de agradecimento ao PT pela criação do Foro de São Paulo:


“Mesa Diretora, Companheiros Delegados e Companheiras Delegadas ao XIII Foro. San Salvador, El Salvador. Recebam nossa carinhosa e bolivariana saudação, muitos êxitos em suas deliberações.


Ao não podermos nos fazer presentes em tão importante evento, lhes entregamos este documento com nossos pontos de vista e agradecemos de antemão o fato de tê-lo em conta nas deliberações.


Queridos companheiros.


Em 1990 já se via vir abaixo o campo socialista, todas as suas estruturas fraquejavam como castelo de cartas, os inimigos do socialismo festejavam a mais não poder, se cunhavam teorias como a do fim da história, muitos revolucionários no mundo observavam atônitos e sem conhecer o que havia falhado para que ocorresse semelhante catástrofe.


A utopia se dissipava, a desesperança se apoderou de muitíssimos dirigentes que haviam dedicado toda sua vida à luta por conquistar um mundo melhor, idealizando-o com o modelo de socialismo desenvolvido da União Soviética.


Ao derrubar-se esse modelo, para muitos se acabou a motivação de luta e só ficamos uns poucos sonhadores que nos mantivemos e seguimos mantendo na teoria, na política e na realidade de novas expressões de socialismo, o que potenciou a decisão de luta e acelerou o crescimento e fortalecimento desse contingente de sonhadores que vê nessa luta por um mundo melhor algo realmente possível.


Na Ásia: China, Vietnam e Coréia do Norte tremulavam suas bandeiras socialistas sem dar espaço ao derrotismo e sem escutar os cantos de sereia para que abandonassem o sistema que se lhe opunha ao capitalismo.


Na América: Cuba ficou só, navegando na crise mais profunda que tocou viver a país algum, com seu comércio que alcançou níveis de queda que não poucos acreditavam impossível de reverter dado a brusca mudança nas fontes e condições de seu comércio exterior. O imperialismo acreditou equivocadamente que havia chegado o momento de acabar com o socialismo na América, aumentou sua agressão com o bloqueio econômico, comercial e financeiro, sem importar a vida de milhões de crianças e anciãos que sofreriam as conseqüências de tão louca manobra.


É nesse preciso momento que o PT lança a formidável proposta de criar o Foro de São Paulo, trincheira onde nós pudéssemos encontrar os revolucionários de diferentes tendências, de diferentes manifestações de luta e de partidos no governo, concretamente o caso cubano. Essa iniciativa, que encontrou rápida acolhida, foi uma tábua de salvação e uma esperança de que tudo não estava perdido. Quanta razão havia, transcorreram 16 anos e o panorama político é hoje totalmente diferente.


O outrora imperialismo arrogante e prepotente está afundado numa profunda crise que ninguém sabe quando nem como terminará. As brutais e ilegítimas agressões contra os povos de Afeganistão, Iraque e Líbano têm recebido respostas inesperadas e, a cada dia, jogam no desconcerto o governo norte-americano e seus aliados, que têm tido de carregar com o peso político e social que significam milhares de mortos e feridos, assim como de uma previsível derrota. Duras realidades como o déficit fiscal, o déficit na balança comercial, a queda dos falcões: Rumsfeld, Boltón e Negroponte e a crescente atitude crítica do povo norte-americano, agudiza ainda mais a crise dos que sonharam e ainda sonham com o poder mundial, acreditando mortas e enterradas as forças que se lhes pudessem opor.


Na América Latina, não fazemos mais que descrever, pois todos conhecemos os processos: Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador, Brasil Uruguai e Argentina, no total, oito países, se orientam pelo desenvolvimento de modelos de governo e de sistemas diferentes ao tradicional imposto pelo imperialismo ianque. Os povos optaram pela mudança, nada os deteve, a ameaça, a chantagem, a compra de votos, as fraudes milionárias, não foram suficientes para fazer mudar a opinião de milhões que buscaram e seguem buscando uma nova alternativa.


É no marco deste cenário político que se desenvolveu e se segue desenvolvendo o Foro de São Paulo. De um partido no governo que inicialmente fazia parte do Foro, o Partido Comunista Cubano, hoje são oito as forças governantes que, ademais de ser forças no governo, foram fundadoras deste importante movimento. Assim as coisas, qualquer pessoa pensaria que o haver avançado em lutados e esperados objetivos, faria do Foro de São Paulo um impulsionador da integração da América Latina, num aríete das lutas sociais, num ente solidário com a luta dos povos, numa força capaz de buscar e propor soluções políticas a conflitos internos que se apresentam como conseqüência da iniqüidade, da injustiça e da antidemocracia.


Porém, não é assim, há os que pensam que o fato de ter chegado ao governo os separa do Foro. Segundo tal e muito respeitável forma de pensar, uma coisa é ser oposição e outra ser governo, em razão a ter que desenvolver, em alguns casos, políticas que o Foro não comparte, como a política neoliberal. Pensam que a nova condição os inibe de participar e querem um Foro menos dinâmico, que não se faça sentir, que não seja propositivo, que não lute por objetivos que foram e seguem sendo válidos.


Ante tal situação, outros pensam que se deve acabar o Foro, que o melhor é dar-lhe enterro de terceira e criar um novo movimento.


Nas FARC cremos que não são corretas as duas apreciações anteriores e, pelo contrário, pensamos que os partidos que se encontram no Foro e que fazem parte dos governos têm o espaço, o justo direito e a necessidade de pleitear em seus países o fortalecimento do movimento tal como foi criado: sem exclusões, sem imposições e sem dogmatismo. Cremos, além disso, que se deve buscar que esta organização seja mais funcional, seja um ente catalisador das opiniões dos povos que sempre estão adiante de seus governantes, porque são os que sentem como se está exercendo o governo, se é justo, se é pulcro, se é humano, se tem cumprido com o que prometeu. Ter medo à crítica que possa fazer uma organização como o Foro de São Paulo é negar sua mesma essência como governo democrático, amplo e pluralista.


Pensar em criar outra organização atirando pela borda 16 anos de experiências, de credibilidade, é desperdiçar a oportunidade de converter o Foro num ente coordenador de diferentes partidos, movimentos e organizações políticas que, respeitando as diferenças, nos ratificamos na luta contra o imperialismo, o neoliberalismo, a solidariedade e a integração da América Latina.


Fazemos um reconhecimento aos companheiros do Grupo de Trabalho pela iniciativa de ajudar na solução ao conflito social, político e armado que vive a Colômbia desde há 60 anos, a declaração de Bogotá é, sem dúvida, um documento muito importante que, com o direito que nos assiste, pedimos seja difundido entre os assistentes ao Foro.


Na Colômbia há uma intervenção direta do Imperialismo Ianque, na atualidade há 1.400 oficiais do exército estadunidense dirigindo as operações do Plano Colômbia, do Plano Patriota e do Plano Victoria. Os Estados Unidos estão instigando e financiando a guerra com o pretexto do narcotráfico e, para isso, diariamente se estão gastando 17.5 milhões de dólares para perseguir e liquidar aos lutadores sociais, revolucionários e bolivarianos.


As fumigações estão acabando com a flora e a fauna da Amazônia, são milhares de toneladas de Glifosato e Paraqua, igual que os experimentos com o Fusarium Oxiporun. Que destrói a mata de coca, porém igualmente acaba toda a flora que tenha no lugar, contamina as bacias hidrográficas, pois os troncos dos vegetais, ao serem levados pelas águas, causam imensa perda ao sistema ecológico.


Cremos ser oportuno manifestar nossa inquietação e desagrado pela posição de alguns companheiros que, em forma e sob responsabilidade pessoal, publicamente dizem que as FARC não podem participar no Foro, por ser uma organização alçada em armas. A luta armada não se criou por decreto e tampouco se acaba por decisão similar, é a expressão de um povo que sofreu a devastação de sua população em mais de um milhão de pessoas que, nestes 60 anos, foram assassinadas, é a expressão dos milhares de militantes que foram assassinados do Partido Comunista e da União Patriótica, é a expressão de milhares de sindicalistas que foram assassinados nestes últimos anos.


Aos companheiros que pensam que não podemos participar, fraternalmente os convidamos a que nos acompanhem, não no acionar militar ao que as circunstâncias nos obrigaram, pois sabemos que não a compartem e respeitamos seus pontos de vista, os convidamos a participar da busca da solução política e, para isso, os fazemos partícipes da Plataforma para um Governo de Reconstrução e Reconciliação Nacional, aprovada por nossa 8ª Conferência realizada em 1993.


Com esta Plataforma de 12 Pontos convidamos reiteradamente a todos os setores sociais, econômicos e políticos de nosso país para que nos sentemos e, entre todos, construamos a Nova Colômbia.


Ao Foro, em seu conjunto, o convidamos a que prossiga em seus pronunciamentos e acionar pela solução política ao conflito social e armado na Colômbia, passo importante para alcançar a paz com justiça social pela qual tem lutado e seguirá lutando nosso povo, ao mesmo tempo que é passo necessário para impedir que este conflito possa ser utilizado para que o imperialismo tente ações desestabilizadoras na região.


Seguimos convidando a todos os partidos políticos, organizações sociais, de estudantes, operários, intelectuais, campesinos, indígenas e a todos os que estejam contra a injustiça, a buscar uma solução política. Convidamos a que nos acompanhem na luta pelo Intercâmbio Humanitário, com o que estaremos abrindo as portas para que centenas de colombianos e colombianas regressem a seus lares para compartir com seus seres queridos.


COMISSÃO INTERNACIONAL


FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS DA COLÔMBIA


EXÉRCITO DO POVO, FARC-EP


MONTANHAS DE COLÔMBIA, 7 DE JANEIRO DE 2007”.


http://web.archive.org/web/20070310215800/www.farcep.org/?node=2,2513,1






Tradução publicada no site do Partido Comunista Russo: http://port.pravda.ru/mundo/15168-0/


Entrevista de Raúl Reyes ao jornal Folha de São Paulo:


“[...]


Folha - Vocês têm buscado contato com o governo Lula?


Reyes - Estamos tentando estabelecer -ou restabelecer- as mesmas relações que tínhamos antes, quando ele era apenas o candidato do PT à Presidência.


Folha - O sr. conheceu Lula?


Reyes - Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.


Folha - Houve uma conversa?


Reyes - Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.


[...]


Folha - Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?


Reyes - As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil.


Folha - O sr. pode nomear as mais importantes?


Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas...


Folha - Quais intelectuais?


Reyes - [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.


[...]


Folha - Que relação as Farc mantêm com o governo venezuelano?


Reyes - Estamos propondo ao governo de Hugo Chávez uma explicação sobre a política das Farc em relação aos países vizinhos.


Folha - Existe contato ou não?


Reyes - Temos informações muito positivas sobre Chávez, um bolivariano patriota que luta pela dignidade do seu povo. Nós o admiramos muitíssimo [...]”


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2408200318.htm






Hugo Chávez declara em vídeo que conheceu Lula e Raúl Reyes em uma reunião do Foro de São Paulo, em 1995:














Carta das Farce expressa apoio a Lula, Gutiérrez, Venezuela e Cuba


05/12/2002


da Folha de S.Paulo






As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), principal grupo guerrilheiro de esquerda do país, expressaram ontem sua solidariedade ao presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma carta enviada ao Fórum de São Paulo, organização de partidos de esquerda latino-americanos.






O fórum, idealizado pelo PT, realiza um encontro na Guatemala. Na carta, a guerrilha também manifestou apoio a Cuba, à Venezuela, aos argentinos, aos palestinos e ao presidente eleito do Equador, o coronel esquerdista Lucio Gutiérrez.






Durante a campanha eleitoral, Lula criticou a atuação das Farc e fez questão de desvincular o PT da guerrilha colombiana.






A carta das Farc tinha data de ontem e foi assinada na clandestinidade pelo chefe da comissão internacional do grupo, o ex-negociador de paz Raúl Reyes.






A mensagem foi difundida no dia em que o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, em visita oficial a Bogotá, se encontrou com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e com a ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez.






A visita de Powell, a primeira à América do Sul desde os atentados terroristas aos EUA em 11 de setembro do ano passado, serviu como demonstração de apoio aos esforços do governo colombiano na luta contra o narcotráfico e os grupos armados ilegais.






Ela indica a possibilidade de uma ajuda financeira adicional para o Plano Colômbia, com o qual os EUA já contribuem com mais de US$ 1,3 bilhão.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u48677.shtml


Farc divulgam carta em que saúdam Lula pela reeleição


22/11/2006 - 23h31m


As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) enviaram nesta quarta-feira (22) uma "saudação bolivariana" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A guerrilha parabenizou o presidente pela recente vitória eleitoral, que lhe garantiu mais quatro anos de mandato, classificando-o como filho predileto do Brasil.


As Farc, uma força guerrilheira de 17.000 combatentes, costumam enviar saudações aos governos de esquerda da América Latina.


"O mundo é testemunha de que o povo brasileiro fez das urnas eletrônicas o sacrário de sua vontade soberana, pois transformou a reeleição do presidente Lula em uma lição de soberania popular, em uma manifestação clara de rejeição às velhas formas de governo", disse a guerrilha em uma carta enviada por email.


As Farc anunciaram que respeitarão o território do Brasil e que estão dispostas a estabelecer relações políticas com os governos e populações de países vizinhos. O Brasil compartilha com a Colômbia uma fronteira terrestre de 1.645 quilômetros.


As Farc, que afirmam lutar pela implementação do socialismo num país de mais de 41 milhões de pessoas com uma grande distância entre ricos e pobres, reiteraram suas críticas aos Estados Unidos e ao governo do presidente colombiano, Alvaro Uribe, que promove uma agressiva campanha militar para combater a guerrilha com o apoio de Washington.


http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1360348-5601,00.html


Farc tentaram estreitar relações com o governo Lula






O líder da guerrilha (Raúl Reyes) enviou três cartas ao presidente brasileiro com o intuito de estabelecer “relações político-diplomáticas” e tratar de "temas de benefício recíproco".










http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI4936-15223,00-FARC+TENTARAM+ESTREITAR+RELACOES+COM+GOVERNO+LULA.html


Vereador do PT vende rifa para ajudar rebeldes das Farc


14/09/2003


da Folha de S.Paulo






Como seria o presidente Lula se ele ainda gostasse de ser chamado de esquerdista?






A resposta pode estar em um dos apertados gabinetes da Câmara Municipal de Guarulhos. Mais precisamente no do vereador petista Edson Albertão, 47. Ex-metalúrgico, ex-sindicalista e dono de uma espessa barba, trata-se também de um fundador do PT que fez carreira em uma cidade da Grande São Paulo --atualmente, exerce o seu segundo mandato.






Simpatizante declarado das Farc, o petista contou à Folha que estava na Colômbia com o porta-voz da guerrilha terrorista, Raúl Reyes, quando começaram as conversas com a ONU.






"Raúl me disse que estava muito feliz com a resposta do [secretário-geral] Kofi Annan de que aceitava ouvir as Farc a respeito do acirramento da guerra". Ele afirmou que não participou das negociações.






Definindo-se como "um vereador entusiasmado com a luta do povo colombiano, entusiasmadíssimo com a guerrilha das Farc", ele está organizando uma rifa de quadros doados por artistas dominicanos.






"As Farc não são um movimento que vive do narcotráfico", disse. "Vou fazer uma rifa de 1.500 [números], vender a dez contos e um abraço. Os representantes precisam de recursos, não é pra comprar arma."


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u63026.shtml


Documento assinado por Dilma requisitando a mulher de Olivério Medina, Ângela Maria Slongo














A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, órgão do governo federal com status de ministério, emprega desde 2006, em um cargo de confiança, a parananse Ângela Maria Slongo, mulher do ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Francisco Antônio Cadenas Collazzos, conhecido como Oliverio Medina. Ela também é, desde 1986, professora concursada pela Secretaria da Educação do Paraná e foi cecida pelo governo do estado ao órgão federal em 2006 - num pedido feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião.






Acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia, Medina viveu em prisão domiciliar em Brasília entre 2005 e março do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu o pedido de extradição para o país vizinho.


O caso foi divulgado pela revista Veja desta semana. A publicação cita que a contratação de Ângela, 45 anos, seria uma maneira de proteger o ex-guerrilheiro, acolhido como asilado político no Brasil graças ao forte lobby de políticos de esquerda, incluindo vários petistas como o ex-ministro e ex-governador gaúcho Olívio Dutra. A paranaense e o colombiano não são casados legalmente, mas vivem juntos há dez anos e têm uma filha.


Em nota divulgada ontem, a Secretaria de Pesca negou qualquer ligação do caso com as Farc e informou que “as ilações e induções sugeridas serão objeto de todas as medidas judiciais cabíveis”. A paranaense não quis dar entrevistas e não explicou os motivos da mudança para o Distrito Federal. Ela é funcionária do quadro estadual há 22 anos e continua recebendo o salário do governo paranaense, mais 60% da remuneração pelo cargo DAS-102.2 da administração pública federal, que equivale a R$ 1.511,05.


A Casa Civil do Paraná explicou que, apesar de pagar integralmente os vencimentos da professora, o valor é reembolsado pelo governo federal. A situação é legal, segundo o Estatuto do Servidor Público. A assessoria de imprensa da Secretaria de Pesca diz ainda que Ângela enviou o currículo para o órgão em busca de colocação profissional e não teve qualquer regalia durante a seleção. Ela está no órgão desde dezembro de 2006 e foi escolhida pela área técnica para trabalhar no Projeto de Alfabetização de Pesquisadores, como assistente técnica.


A secretaria é ligada diretamente à presidência da República. O atual ministro, Altemir Gregolin, foi acusado de irregularidades durante a CPI dos Cartões Corporativos, mas não será indiciado no relatório final da comissão, que será lido hoje pelo deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ). Dados do Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) mostram que em 2007 Ângela recebeu R$ 1,9 mil para pagar diárias e R$ 2,3 mil para indenizações e restituições de despesas a serviço da secretaria, além do salário.


A contratação da mulher de um ex-guerrilheiro chamou a atenção da oposição ao governo Lula. O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), apresentou à Secretaria de Pesca um requerimento de informações sobre a nomeação de Ângela. Em um dos sete pontos do documento, Virgílio questiona se a nomeação passou pelo crivo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).


Na Câmara Federal, também houve reação. O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia, promete enviar hoje um pedido de informações à Presidência. O parlamentar quer checar se há envolvimento da administração pública federal com as Farc.


http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=772307&tit=Mulher-de-ex-guerrilheiro-das-Farc-tem-cargo-no-governo


Medina comunica o fato ao terrorista Raúl Reys por e-mail e deixa claro que a contratação faz parte de uma operação para proteger aquela que chama “Mona” (Ângela Maria Slongo):


Domingo 2 de noviembre de 2008


Na segunda-feira, dia 15, a “Mona” começou em seu novo emprego e para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República.


http://www.cambio.com.co/portadacambio/787/4418592-pag-3_4.html


Os e-mails do computador de Raúl Reyes foram publicados pela Cambio, da Colômbia. A matéria completa encontra-se aqui:


http://www.cambio.com.co/portadacambio/787/ARTICULO-WEB-NOTA_INTERIOR_CAMBIO-4418592.html


Na mesma publicação, encontramos a lista de quem seriam os contatos das Farc no Brasil:


- José Dirceu, ministro de la Presidencia.


- Roberto Amaral, ex ministro de Ciencia.


- Erika Kokay, diputada.


- Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete.


- Celso Amorín, canciller.


- Marco A. García, asesor Asuntos Internacionales.


- Perly Cipriano, subsecretario Promoción DD.HH.


- Paulo Vanucci, ministro Secretaría de DD.HH.


- Selvino Heck, asesor presidencial.


Reportagem publicada pelo jornal El Tiempo demonstra que Olivério Medina (também conhecido como “Camilo”) continua ligado ao terrorismo narcotraficante:


Sábado 18 de septiembre de 2010


En este último país, el enlace de las Farc, Francisco Antonio Cadena Collazos, 'Camilo' -casado con una profesora brasileña y encargado del trueque de coca por armas y del reclutamiento de simpatizantes- no ha podido ser extraditado a Colombia porque goza de dicho estatus desde el 2006. [...] Tras la muerte de 'Reyes', la Comisión Internacional de las Farc se apresuró a reorganizarse para reemplazar esa ficha, dicen las investigaciones en Colombia. Ahora la comisión coordinadora -que estaba bajo el mando de 'Reyes'; Orlay Jurado Palomino, alias 'Hermes' (Venezuela) y Francisco Cadena Collazos, 'Camilo' (Brasil)- se ha ampliado. [...]


http://www.eltiempo.com/archivo/documento/CMS-4157739


A Interpol autenticou o conteúdo de todos os e-mails:


Washington Post Foreign Service


Friday, May 16, 2008


CARACAS, Venezuela, May 15 -- Interpol, the international police agency, said Thursday that computer files seized by Colombia's army in a raid on a rebel camp belonged to a top guerrilla commander and had not been modified, falsified or forged.


http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/05/15/AR2008051504153.html


Outros e-mails:


Em um dos e-mails, endereçado a Reyes em 4 de junho de 2005 por uma pessoa identificada como "José Luis", aparece o nome do ex-ministro José Dirceu. "Chegou um jovem de uns 30 anos e se apresentou como Breno Altman (ligado ao PT). (Ele) me disse que vinha por parte do ministro José Dirceu". Segundo a revista, o remetente afirma que as relações deveriam ser feitas através do ministro com a representação de Altman, por motivos de segurança.


No fim da mensagem, José Luis diz que o governo brasileiro e o PT dará proteção a Medina enquanto avançava o trâmite da extradição do padre Olivério Medina, "chefe de imprensa das Farc", preso em São Paulo. Em uma correspondência de 24 de junho de 2004, Reyes comenta a medida sobre a possível saída de Dirceu do governo Lula e diz: "pode afetar a abertura das relações conosco".


"É possível que um assessor especial de Lula, chamado Silvino Heck, que, junto Gilberto Carvalho, é outro que nos tem ajudado bastante".


"Em uma correspondência, com data de 23 de dezembro de 2006, do padre Olivério Medina a Reyes, há referências de Lula e de Marco Aurelio García, Gilberto Carvalho e Silvino Heck. Medina afirma que mandou um presente de Natal a Lula e dois de seus assessores".


http://www.cambio.com.co/portadacambio/787/4418592-pag-2_4.html






Documentos da Abin denunciam recebimento de 5 milhões de dólares ao PT, em 2002


O general Jorge Armando Félix apresentou o único documento oficial da Abin que trata deste tema. É um relatório de duas páginas, com número de classificação: 0095/3100/Doin/Abin, de 25 de abril de 2002. Ele informou que o documento foi arquivado por não apresentar qualquer prova das afirmações nele contidas. O relatório registrava "o boato" de que as Farc teriam oferecido 5 milhões de dólares (cerca de R$ 13,5 milhões) ao PT como ajuda nas eleições presidenciais.


http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/62942.html


Revista sugere ligação do PT com as Farc


12/03/2005 - 18h25


A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teria em seus arquivos uma pasta com informações referentes a um suposto envio de US$ 5 milhões das Farc, a guerrilha colombiana, para campanhas eleitorais do PT em 2002.






A informação é da revista "Veja" desta semana, na reportagem intitulada "Tentáculos das Farc no Brasil". No entanto, a matéria diz não ter conseguido provas documentais sobre o assunto durante as cinco semanas de apuração.






De acordo com a revista, um agente da Abin preparou os relatórios. Ele teria participado de uma reunião entre simpatizantes das Farc, petistas e sindicalistas, e um representante da guerrilha no Brasil em abril de 2002, na chácara de um sindicalista, localizada a 40 km de Brasília.






A reportagem afirma que o representante da guerrilha era o padre colombiano Olivério Medina, que teria afirmado que o dinheiro a ser remetido para o Brasil seria repassado a 300 empresários, que, por sua vez, repassariam os recursos para campanhas eleitorais petistas. O padre negou a ajuda.






O sindicalista Antônio Francisco do Carmo, dono da chácara, confirmou o encontro, mas disse que seu objetivo era somente de prestar solidariedade às Farc.






O PT divulgou hoje uma nota de repúdio à reportagem. Assinada pelo presidente nacional do partido, José Genoino, a nota qualifica de irresponsável a reportagem, por estampar na capa um ataque à honra do partido sem provas consistentes.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u67778.shtml






Secretário de petista lança comitê de apoio à guerrilha colombiana


MARCELO TOLEDO


DA FOLHA RIBEIRÃO


Um dos secretários do prefeito de Ribeirão Preto e coordenador do programa de governo do pré-candidato à Presidência do PT Luiz Inácio Lula da Silva, Antônio Palocci Filho, vai lançar um comitê pró-Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no município. O secretário é o ex-vereador Leopoldo Paulino (PSB), que compõe a base de apoio do prefeito de Ribeirão.


As Farc são o maior grupo guerrilheiro colombiano, com cerca de 17 mil homens. São responsáveis por centenas de seqüestros em 2001. Foram atribuídos ao grupo mais de 1.700.


O escritório será lançado oficialmente no dia 20, na Câmara de Ribeirão. A sede será o Templo da Cidadania, instituição cultural sem fins lucrativos, da qual Palocci é membro fundador. Também fazem parte do grupo, que deve se chamar Comitê de Solidariedade ao Povo Colombiano e aos Movimentos de Libertação Nacional, os vereadores governistas Beto Cangussú (PT) e José Antônio Lages (PT) e o médico petista Edmundo Raspanti, diretor do MIS (Museu da Imagem e do Som) de Ribeirão.


Parte do comitê diz que quer defender as causas das Farc, mas não sua violência. "A idéia é que a gente possa divulgar ao máximo em todas as partes do Brasil a situação do povo colombiano e as verdadeiras causas da luta das Farc contra o governo local", afirmou Cangussú. Paulino, no entanto, é radical: " Não acho que é a eleição que vai resolver, é a revolução. Hoje no Brasil não há condição de fazer uma revolução armada, mas na Colômbia não é assim. Eles têm um exército organizado".


Palocci e Luiz Inácio Lula da Silva não foram encontrados para falar sobre o assunto ontem. O comitê vai colher assinaturas pró-Farc e defender as posições do grupo guerrilheiro no Brasil. No lançamento, um guerrilheiro deve estar presente. "Precisamos difundir e abrir comitês das Farc no mundo inteiro sobre os problemas que ocorrem naquele país", disse Cangussú.


Para "selar a união", houve uma reunião em Ribeirão Preto entre Paulino e Olivério Medina, porta-voz informal das Farc no Brasil, que chegou a ser preso em 2000 em Foz do Iguaçu (PR), a pedido do governo colombiano, acusado de atividades terroristas.


"Se conseguirmos passar algo para a população, " vamos prestar um serviço à mente das pessoas", afirmou o advogado Vanderley Caixe, um dos fundadores das Faln (Forças Armadas de Libertação Nacional), grupo guerrilheiro que atuou entre 1967 e 1969.


A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que o órgão não se manifesta sobre questões internas, mas afirmou que o Brasil apoia o governo do presidente colombiano, Andrés Pastrana, que foi eleito democraticamente.


As lideranças políticas do PT, PSB e do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) contam com posições divergentes sobre a criação do comitê. A deputada federal Luiza Erundina (PSB) disse que é contrária à forma de luta das Farc e que acha "meio estranho" o secretário Leopoldo Paulino, de seu partido, organizar um comitê de apoio ao grupo guerrilheiro. "Não tenho muita ligação com ele Paulino e não sei quais são as razões dele", disse Erundina.


O líder do MST José Rainha Júnior disse que é solidário ao povo colombiano. " Eles estão sendo massacrados pela mão do imperialismo norte-americano."


Para a cônsul-geral da Colômbia em São Paulo, Marta de Arevalo, "é muito estranho alguém se solidarizar com foras-da-lei, as Farc".


O caso será levado ao conhecimento da embaixada colombiana no Brasil.


Colaborou Evandro Spinelli, da Folha Ribeirão


Também publicado em: http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/mar/20/9.htm






Também em: http://www.artbrain.co.uk/news/brazilian-president-party-received-money-from-farc,-say-documents.htm Cache no google: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:T80Mb8DqcF8J:www.artbrain.co.uk/news/brazilian-president-party-received-money-from-farc,-say-documents.htm+http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/mar/20/9.htm&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br


Comandantes das Farc são recebidos por Olívio Dutra (PT), governador do Rio Grande do Sul


Em 2001, comandantes da FARC vieram ao Brasil e foram recebidos pelo governador Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul e até homenageados e aplaudidos durante o I Foram Social Mundial.


http://www.noolhar.com/opovo/jornaldoleitor/122018.html






Membros do PT dirigem revista com membro das Farc


Na revista América Libre, encontramos os seguintes membros: Luis Eduardo Greenhalgh (PT), Fernando Morais, Emir Sader, Roberto Drummond, Gilberto Carvalho, Leonardo Boff, Rubens Paolucci Jr, João Pedro Stédile (líder do MST), Chico Buarque de Hollanda (cantor), junto a Manuel Marulanda Vélez, das Farc, incluindo como presidente da publicação, Carlos Alberto Libânio Christo, conhecido como Frei Betto, conselheiro pessoal de Lula.


http://www.nodo50.org/americalibre/consejo.htm






Em entrevista, Lula sugere às Farc criar partido para chegar ao poder


Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em conjunto com o presidente do Peru, Alan García, ao jornalista peruano Raúl Vargas, da Rádio Programa del Peru (RPP)


Rio Branco-AC, 28 de abril de 2009


[...] E ainda dizia ao presidente Obama que era preciso que enxergasse a América Latina depois da Guerra Fria, que era preciso que enxergasse a América Latina onde não existe mais nenhum grupo querendo através da luta armada, chegar ao poder, com exceção das Farc, que se quisesse chegar ao poder seria muito mais fácil criar um partido político e disputar as eleições. Se em um continente como o nosso, um índio pôde chegar à Presidência da República, e um metalúrgico pôde chegar à Presidência da República, por que alguém das Farc não pode chegar, disputando eleições?






http://www.info.planalto.gov.br/download/Entrevistas/pr1198-2@.doc






PT não reconhece Farc como grupo terrorista


Entrevista de Marco Aurélio Garcia ao jornal francês Le Figaro.


04/03/2008


[...] Je vous rappelle que le Brésil a une position neutre sur les Farc : nous ne les qualifions ni de groupe terroriste ni de force belligérante. Les accuser de terrorisme ne sert à rien quand on veut négocier. [...]


http://www.lefigaro.fr/international/2008/03/05/01003-20080305ARTFIG00016-garcia-nous-sommes-dans-une-guerre-d-informations.php


Tradução: Eu lhes lembro que o Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc: nós não as qualificamos nem de grupo terrorista nem de força beligerante. Acusá-las de terrorismo não serve pra nada quando a gente quer negociar.